Líderes católicos e evangélicos condenam a pílula do dia seguinte

A aprovação do projeto que libera o uso da ‘pílula do dia seguinte’ pela presidente Dilma Rousseff no início do mês deixou vários líderes religiosos revoltados, principalmente católicos e evangélicos.

Apesar de uma pesquisa recente de que 82% dos jovens católicos aprovam o uso da pílula, líderes católicos criticaram a atitude da presidente e acreditam que a tal aprovação vai ajudar a banalizar a vida. 

O padre Juliano Carlos Alécio, 35 anos, pároco da igreja São João Batista, na Vila Independência, em Araraquara, condenou o uso da pílula do dia seguinte. “Sigo orientação da Igreja, que reprova a lei.” 

O padre, que publicou uma nota de repúdio à aprovação no site da paróquia, prometeu ainda excomungar fieis caso tomem a pílula. 

A lei PLC 3/2013, que determina atendimento imediato em hospitais das vítimas de violência sexual, permite o uso da pílula do dia seguinte, para evitar a gravidez indesejada.


A lei foi condenada por outros líderes religiosos, como evangélicos e católicos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Para o reverendo Laelson Silva, o uso da pílula do dia seguinte se trata, sim, de um aborto químico. Segundo ele, isso pode contribuir, de forma indiscriminada, para a banalização da vida.

“A médio ou longo prazo, este uso trará consequências inimagináveis para a sociedade brasileira”, disse ele, segundo o Primeira Edição.

O deputado conhecido por se opor publicamente ao aborto e homossexualismo, Marco Feliciano (PSC), afirmou que o “Palácio do Planalto está desorientado ou muito mal intencionado”.

No Twitter, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara (CDHM) disse que queria convocar um protesto contra o projeto. "Mas não tenho esse poder, afinal sou o Feliciano".

Segundo Feliciano, Dilma não deverá continuar no poder em 2015 e ela tem consciência disso. "PT nunca mais!", exclamou.


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