Marco Feliciano concede entrevista ao site americano ‘The Christian Post’ falando de sua impugnação



“Nunca me rebaixarei a ser política,” disse ele no referido Congresso Gideões Missionários no ano de 2004.
Entretanto, o pastor cantor alegou ter motivos para candidatar-se e entre eles estão os entraves aos avanços do movimento evangélico brasileiro, como comentou anteriormente em entrevista à Gospel Prime. Ele comentou na entrevista que percebeu a dificuldade de pertencer a um grupo contra o qual se conspira e que sofre preconceitos grosseiros.
“No momento que percebi que, como cidadão, formador de opinião, eu poderia dar uma parcela de ajuda, ainda que pequena, aos nossos sonhos e ao povo que sonha como eu,” disse ele na entrevista.
Depois de inscrever-se à candidatura para concorrer como candidato a deputado federal , o TRE impugnou sua candidatura por falta de documentação necessária. No entanto, seu advogado, Anderson Pomini, recorreu a correção do erro material e o TRE deferiu sua candidatura por preencher todos os requisitos constitucionais.
Segue os trechos da entrevista.
The Christian Post: Qual é a sua visão da situação atual da economia brasileira?
Pastor Marco Feliciano: A economia brasileira está se consolidando nestes últimos anos, desde a implantação do Plano Real, até os dias de hoje. Sem dúvida alguma, qualquer governo que fosse eleito após FHC, dando continuidade a sua política econômica, estaria fazendo com que o Brasil mantivesse o rumo do crescimento e desenvolvimento sustentável.
O mundo já vê o Brasil com outros olhos, criando uma estrutura de desenvolvimento que décadas atrás era vista em outros países emergentes, como por exemplo, índia e outros países asiáticos e orientais, bem como a própria China que deu uma explosão em desenvolvimento de Estado, mesmo com sua política Comunista.
A tendência atual, é de continuar o desenvolvimento e crescimento estrutural do país, devendo também haver o incremento de uma política econômica com bases sustentáveis e conexas com a preservação do Meio Ambiente.
The Christian Post: Como você define a política?
Pastor Marco Feliciano: A política é o meio pelo qual, através de representantes, o cidadão consegue fazer com que seus anseios, vontades, objetivos, desejos, no que diz respeito a viver em sociedade, em família, no trabalho, possam ser melhor aproveitados, onde conseguimos expressar nossas vontades e fazer com que elas se tornem reais através dos legais Poderes constituídos da República, onde o Legislativo cria os mecanismos para que o Executivo faça e o Judiciário controle as ações da sociedade.
A política deve estar inserida dentro da estrutura educacional, onde as crianças e jovens já possam conviver com características que podem prejudicar ou beneficiar a maioria, através da eleição de bons representantes.
E não podemos falar ou definir política, sem falar em agir com arte. A arte de relacionar-se bem, dirimindo controvérsias e gerando benefícios coletivos.
The Christian Post: Na sua opinião, com relação às igrejas, quais são os pontos que devem ser mudados?
Pastor Marco Feliciano: A visão de ESTADO E IGREJA. O Estado não deve interferir na vida da Igreja. Mas Política e Religião podem caminhar juntas. Pois a base da Política deve ser a justiça e o moral, e isso a religião proporciona.
Precisamos de representatividade para a igreja como corpo. O que temos hoje são representante de denominações, que lutam por questões que dizem respeito apenas aquela ou a esta denominação. Precisamos de uma bancada evangélica forte, que fale a mesma língua e que não seja desunida como ocorre entre os evangélicos em geral.
The Christian Post: Qual é a sua posição com relação ao aborto e homossexualismo?
Pastor Marco Feliciano: A questão do aborto é controversa para a sociedade, pois são discutidas questões da saúde, sociais, questões econômicas e familiares. Para nós cristãos, este é um ponto inquestionável, pois a vida é uma dádiva de Deus, dada e retirada pelo nosso Senhor. Não temos o direito de decidir ou violar a Vida. No Congresso Nacional, estarei somando forças junto a todos aqueles que defendem a Vida e jamais a morte.
Com relação ao homossexualismo, não temos o que discutir, pois a Palavra de Deus é clara. Nós cristãos não podemos aceitar é a obrigatoriedade de celebrar um casamento homossexual, uma família homossexual que é totalmente contraria aos princípios bíblicos.
“Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gênesis 2:18) "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne." (Gênesis 2:24)
The Christian Post: Como você vê a atuação dos políticos evangélicos atualmente?
Pastor Marco Feliciano: A bancada evangélica é uma bancada atuante, porém perdeu força porque deixamos de eleger parlamentares evangélicos. O político evangélico deve atuar como representante de uma sociedade cristã, mas muito mais que isso, como homem de Deus, que saiba respeitar e divulgar o que é certo e errado dentro da sociedade como um todo.
Precisamos acelerar nossa participação de uma forma mais ampla e eficaz, onde sejamos ouvidos com mais clareza. Para isso, os políticos evangélicos devem agir com mais abrangência e diplomacia, caminhando e interagindo com as diversas forças que atuam dentro do Poder Público.
The Christian Post: Como você pretende mudar a visão do Brasil como um país corrupto?
Pastor Marco Feliciano: Seria pretensioso demais achar que posso mudar a visão de uma nação, mas acredito que levando transparência a população, pontuar o que é ruim no Congresso, nomear as pessoas que fazem mal a sociedade e jamais aceitar a corrupção, essas ações juntas trarão a sociedade uma nova visão do nosso País.
Pretendo também atuar de forma a tornar plena a participação do Povo nas ações que serão desenvolvidas junto ao Poder Público, a sociedade também é responsável pela política do país. Temos eleições abertas e os cidadãos brasileiros tem direito ao voto de forma democrática, o parlamentar é o representante do Povo, sendo assim, os políticos eleitos foram nomeados pelo Povo.
A corrupção é uma cultura espúria da política brasileira, e somente através de tornar público o que fica acobertado, é que conseguiremos fazer com que a sociedade não aceite e se posicione contra todos que praticam tal ato.
The Christian Post: Se a sua candidatura confirmar, quais serão os projetos principais em que os eleitores brasileiros poderão esperar o seu desempenho total como deputado federal?
Pastor Marco Feliciano: Minha candidatura foi deferida de forma unânime pelo TRE. Este ano a justiça eleitoral exigiu o maior número de certidões da história e no Estado de São Paulo tivemos greve do judiciário, inclusive do próprio TRE o que dificultou a emissão das certidões exigidas. No meu caso aconteceu uma homonímea (outra pessoa com o mesmo nome) esse problema causou uma confusão no sistema que impedia a emissão da minha certidão.
Meu advogado, Dr. Anderson Pomini, recorreu requerendo a correção do erro material e o TRE deferiu minha candidatura por preencher todos os requisitos constitucionais e infraconstitucionais de elegibilidade, demonstrando, inclusive, que não consta em meu nome qualquer restrição que pudesse obstar, atrapalhar ou impedir a candidatura.
Minha proposta é ser um Deputado Federal que faz do seu gabinete a extensão do povo que o elegeu, parlamentar que acolhe as idéias do povo que representa no Poder Legislativo, no Congresso Nacional e age como uma voz desse povo fazendo uma ponte entre o cidadão e o Estado Democrático de Direito na construção de um Brasil melhor.
Meus projetos são voltados para a família e a Igreja, combate a pedofilia, combate ao consumo e legalização das drogas, combate ao aborto, combate a violência domestica e contra a criança e o adolescente, combate ao trabalho escravo e exploração sexual infantil. Todos esses projetos estão disponíveis no meu sitewww.marcofeliciano2010.com.br.
The Christian Post: Quais são suas palavras de encorajamento aos fiéis e ao povo brasileiro em geral?
Pastor Marco Feliciano: Sonhe e ouse sonhar! Acredite, o Brasil pode mais, todos nós, brasileiros e brasileiras, paulistas de sangue, alma e coração, vamos juntos abraçar uma causa maior que uma pessoa ou grupo, vamos unir forçar para eleger um projeto. Um projeto de construir e arquitetar uma sociedade melhor, mais justa, onde nossos filhos possam viver com dignidade e segurança.

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