Mãe resgata filho removendo escombros de templo da Assembleia de Deus com as próprias mãos

O desabamento de um templo da Assembleia de Deus na cidade de Diadema (SP), na última quarta-feira, 15 de junho, resultou na morte de uma fiel, mas poderia ter causado mais vítimas fatais. Uma mãe, que participava de um culto na hora do acidente, estava acompanhada de dois de seus quatro filhos, e precisou revirar os escombros para resgatá-los enquanto o Corpo de Bombeiros chegava ao local.


Vera Lúcia de Lima Jesus, 37 anos, usou os próprios braços para remover escombros e resgatar o menino Fernando, de 2 anos de idade. O outro menino, Davi, ficou soterrado até a chegada dos bombeiros.


“Só pensei que precisava tirar meus filhos debaixo dos escombros. Por isso, comecei a cavar com as próprias mãos”, disse a mãe, lembrando do desespero. “Continuei a revirar o entulho e a chamar pelo Davi”, acrescentou. Os vizinhos e demais fiéis que escaparam ilesos a ajudaram a fazer o resgate.

Após a chegada dos bombeiros, Davi passou a noite em observação em um posto de saúde devido á pancada na cabeça, de acordo com informações do jornal Diário do Grande ABC.

“Foi tudo muito rápido. Só consegui pensar nos meus filhos”, disse Vera Lúcia, lembrando do momento do desabamento. “São nessas horas que uma mãe se torna uma heroína. E hoje eu fui uma”, acrescentou, frisando que sentiu-se com força sobre-humana nos momentos de maior tensão.

O tio dos meninos, Wilton Doia, afirmou que a mãe deles agiu guiada somente pelo instinto materno: “Não mediu esforços para salvar as crianças”.

Outra fiel que participava da campanha de oração no momento do acidente foi Samara Pereira Alves, 32 anos, que considera ter saído com vida devido a um “livramento de Deus”. “Estava no palco fazendo orações e ouvi o estalo. Quando percebi, a fumaça já havia tomado conta do salão. Fui me guiando pela parede até a saída”, contou.

O filho de Samara, Willian Wallace Alves Santos, 13 anos, estava com o amigo Adão Lucas, 18, na cantina, local que entrou em colapso e gerou o desabamento: “Escutei o barulho e já vi a fumaça subir. Lembrei da minha mãe na hora e, quando fui ao encontro dela, ela estava saindo pela porta”, relembrou, aliviado.

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