Grupo de pastoras lançam campanha para se referir a Deus como “Ela” em orações e pregações

O feminismo, enfim, chegou à liturgia das igrejas. Um grupo de mulheres cristãs quer que os fiéis passem a se referir a Deus como “Ela”, para que a impressão de que o Criador não seja associado a um homem.

Pastora anglicana Emma Percy
Chamado de “Watch”, mas conhecido pela alcunha “Mulheres e a Igreja”, o grupo argumenta que usar apenas o “Ele durante os cultos e orações leva as pessoas a acreditarem que Deus se parece com um homem. Para elas, isso configura um caso de sexismo.

A pastora anglicana Emma Percy, uma das líderes do movimento feminista cristão, disse ao tabloide Sunday Times que sua ideia é fazer com que as pessoas deixem de associar Deus a uma figura masculina.

“Quando usamos apenas o masculino para Deus reforçamos a ideia de que Deus é como um homem. Assim, sugerimos que Deus é mais semelhante aos homens do que às mulheres”, afirmou Percy, que é a capelã da Trinity College, uma universidade localizada em Oxford, Inglaterra.

Percy conta com o apoio de outra pastora, Kate Bottley, que afirma que já está retirando todas as referências a “Ele” e “d’Ele” durante a pregações, sempre que possível.

No entanto, a tese do movimento “Mulheres e a Igreja” ignora as diversas passagens bíblicas que se referem a Deus como “Ele”, e as referências à trindade, que designam o “Pai”, o “Filho” (Jesus Cristo), e o “Espírito Santo”.

A iniciativa antissexista do grupo, embora aparentemente simpática, deverá atrair a fúria de teólogos e cristãos conservadores, preocupados com o nível de influência da cultura secular nas tradições e princípios cristãos.

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