Feliciano, Malafaia e Malta criticam “deboche” de Lula e rebatem: “Jesus liberta da cachaça”


As infelizes piadas do ex-presidente Lula sobre os pastores evangélicos e a doutrina do dízimo, adotada pela ampla maioria das igrejas de tradição protestante do país, repercutiram de forma muito negativa entre os líderes evangélicos.


Dentre os que se manifestaram nas redes sociais, estão os pastores Marco Feliciano (PSC-SP), Silas Malafaia e o senador Magno Malta (PR-ES). A revolta expressada é tão grande que nenhum deles evitou citar os conhecidos problemas com álcool do ex-presidente como forma de desqualificar sua fala.

Durante uma palestra a sindicalistas, Lula fez piada com os pastores evangélicos enquanto sugeria um tema aos presentes no evento. Disse que a estratégia para explicar situações de contratempos é ter um inimigo a quem culpar.

“Os pastores evangélicos jogam a culpa em cima do diabo. Acho fantástico isso. Você está desempregado é o diabo, está doente é o diabo, tomou um tombo é o diabo, roubaram o seu carro é o diabo”, disse o ex-presidente, arrancando gargalhadas da plateia.

Feliciano comentou a fala de Lula e comparou o conteúdo àquele que se encontra em “rodinhas de botequins”, e atribuiu a infelicidade do ex-presidente a uma “ilusão etílica”.

“Estes dias assistimos, divulgado fartamente, uma dessas conversas encabeçadas por nada mais nada menos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ao que parece, ao faltar inspiração para tratar de assunto sério, tal a vertiginosa queda de conceito moral por que passa sua tão ex rica biografia, enveredou para um viés de conversa próprios de pessoas acometidas de ilusão etílica, fazendo jus à tal malfadada fama, atacando os evangélicos de maneira imprópria para alguém que já comandou o país e ainda mantém uma liderança atenta a correção de seu rumo político, já que seu grupo íntimo está envolvido em não resolvidos maus feitos”, criticou o pastor, em um artigo publicado no Facebook.

Feliciano diz ainda que a piada feita por Lula pode ter sido uma estratégia para quebrar o gelo com os participantes do evento: “Ao perceber a frieza da plateia composta de sindicalistas, seus pares e seguidores, consequência de sua traição aos ideais dos trabalhadores e ter patrocinado a eleição de sua sucessora, que faz um governo eivado de erros e mal feitos, onde ex-ministros de seu governo e tesoureiros de seu partido estão presos por corrupção, tentou fazer graça e para a vil empreitada se lembrou dos evangélicos. Com falsa impressão de estar sendo engraçado citou que deviam aprender com os evangélicos a sempre culpar o diabo pelas agruras da vida”, comentou.
“Jesus liberta da cachaça”


O pastor Silas Malafaia foi, conforme seu estilo, um pouco mais enfático ao rebater a piada do ex-presidente: “Você está enganado, Lula. Nós sabemos que o diabo é um ser que odeia o ser humano. Mas nós não tiramos as responsabilidades das pessoas de suas ações […] O mensalão não foi o diabo não: foi o PT. A roubalheira escandalosa da Petrobrás, não é o diabo não, é o seu partido, é o PT”, disparou.

Malafaia também disse que Lula foi o “mandão” das “roubalheiras” e “cachorradas” do PT, e avisou: “Não vai dar mais para sua bravata enganar a gente não […] A paciência do povo já está cheia de tanta safadeza, de tanta roubalheira, de tanto engano”, criticou.

O pastor ressaltou que a única coisa que a Bíblia atribui a autoria ao diabo é a mentira: “Quando o homem mente descaradamente ele se parece com o diabo. Lula, que tal você falar toda a verdade e deixar de enganar o povo brasileiro?”, sugeriu.


Ao final, Malafaia ironizou o apreço de Lula por destilados: “Não tenho ódio de você não. Mas deixa eu falar uma coisa para você, que você vai entender: saiba que Jesus liberta da cachaça. Jesus liberta o homem da cachaça”, enfatizou. “Satanás usa isso. Quem decide somos nós. O diabo usa as coisas, mas a decisão é do ser humano. Ele tem livre arbítrio e é um ser inteligente. Jesus liberta o homem da cachaça que transforma ele, esse vício miserável. Deus te abençoe. Deus tenha misericórdia de você”, concluiu.

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