Islamitas indonésios se mobilizam contra Lady Gaga, e a chamam de ‘satânica’

A organização islamita da Indonésia prometeu, nesta quarta-feira, 9, reunir milhares de partidários com o objetivo de “perturbar” a apresentação da cantora Lady Gaga no país. Por ser uma estrela pop e ícone do movimento gay, Gaga é chamada de “satânica” pelo grupo.A organização que anunciou o protesto é a Frente dos Defensores do Islã (FPI), conhecida por violentos ataques a bares e casas de massagem.

O presidente da frente, Salim Alatas, declarou à Agence France-Presse (AFP), que 30 mil manifestantes se reunirão na capital Jacarta no dia 3 de junho, data do show de Lady Gaga, para impedir que a cantora manifeste sua "fé satânica"."Tem um estilo vulgar e seus objetos sexuais e indecentes vão destruir a moralidade de nossos filhos. É muito perigosa”, disse Alatas.

A apresentação de Gaga no país também já havia sido criticada pelo Conselho dos Ulemás, a maior instância religiosa islâmica na Indonésia.

"Peço a Lady Gaga que respeite nossa cultura e nossas tradições. A maioria das pessoas aqui é muçulmana e não podemos tolerar as roupas e as atuações sexy", declarou o chefe do conselho, Amudhan, em recente entrevista à AFP.

A Indonésia é o país com a maior população muçulmana do planeta. A maior parte de seus 240 milhões de habitantes é muçulmana e, no geral, pratica um islã moderado.

Apesar das críticas à realização do show, todos os 40 mil ingressos foram vendidos em duas semanas.

Essa não é a primeira vez que grupos religiosos de manifestam contra as apresentações de Lady Gaga. Em abril, poucos dias antes de se apresentar na Coreia do Sul, a cantora foi alvo da queixa de centenas de cristãos sul-coreanos.

Segundo os críticos, as performances de Gaga são sensuais demais e imorais. Como não conseguiram impedir a realização do show, alguns manifestantes se reuniram nas ruas e ao lado de fora do estádio durante a apresentação para protestar e orar.

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