Magno Malta expressa indignação com declaração de Gilberto Carvalho sobre evangélicos; Veja outro lado

Na última quarta-feira, 8, o senador Magno Malta (PR-ES) manifestou seu “inconformismo e indignação” a respeito da declaração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, GilbertoCarvalho, de que o governo deveria “fazer uma disputa ideológica com os líderes evangélicos pelos setores emergentes”.

“Foi uma fala infeliz, mal colocada e irresponsável”, disse Malta em pronunciamento na tribuna.

Senador Magno Malta
Carvalho ainda teria declarado a participantes do Fórum Social Mundial em Porto Alegre, realizado no dia 27 de janeiro, que os evangélicos seriam “conservadores que têm uma visão do mundo controlada por pastores de televisão”.

Na avaliação de Malta, a intenção do ministro ao criticar dos evangélicos era agradar aos participantes do Fórum, 'que são liberais e defendem o aborto'. Segundo sua declaração, o ministro teria comportamento dúbio e o chamou de ‘camaleão’.

De acordo com a agência O Globo, Gilberto Carvalho reagiu com surpresa aos ataques feitos pelo senador Magno Malta, a quem disse que vai procurar para conversar. Segundo ele, os comentários foram fruto de ‘má informação’.

“O que eu fiz lá foi uma constatação política que, de fato, quem tem presença na periferia do Brasil, quem fala para as classes sobretudo C, D e E são as igrejas evangélicas e, portanto, essa presença tem que ser reconhecida, é real e efetiva”, disse Carvalho, ao deixar o Itamaraty, após participar de reunião da comissão nacional da conferência Rio+20.

Ele ainda completou dizendo que “de maneira alguma ataquei os companheiros evangélicos. Quem conhece minha trajetória sabe do carinho que eu tenho, do reconhecimento que eu tenho ao trabalho das igrejas evangélicas no país”.

Carvalho ainda tentou corrigir os efeitos de sua declaração, dizendo que na ocasião do Fórum Mundial em Porto Alegre, ele reconheceu a importância do segmento evangélico para a nação.

“Eu estava fazendo um reconhecimento da importância desse segmento”, disse. E ainda propôs mais uma aliança com os setores ‘sérios’ e ‘bem-intencionados’ dos evangélicos.

“Peremptoriamente eu quero rejeitar e negar que tenho feito qualquer depreciação ao mundo evangélico. Seria uma temeridade da minha parte se o fizesse”, afirmou.

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